quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

O JESUS DO NATAL

Estava lendo a conversa do anjo com José, em Lucas 1, anunciando-lhe a respeito de quem seria Jesus, o garoto que nasceria alguns meses depois, e que transformaria o jeito de viver do mundo inteiro. Ao ler essa conversa, tão simples e tão profunda, coloquei-me a pensar sobre que tipo de relacionamento tenho com Ele. Sim, em alguns momentos me questiono profundamente sobre isso, pois temo ter um tipo de contato formal, institucional, religioso, que, sem dúvida, me mantém sabendo e aprendendo cada vez mais sobre Ele, mas não necessariamente me mantem em comunhão com Ele. O anjo disse, primeiro, que o menino seria sobrenatural, pois era gerado pelo Espírito Santo. Era humano o suficiente por ser gerado numa mulher, mas divino o suficiente por ser gerado pelo Espírito de Deus. Que simples e que profunda essa declaração! O meu Senhor não é um líder religioso como tantos outros que existem. Ele não é comum. É extra-ordinário. Segui-lo, portanto, deixa de ser um projeto humano, algo que caiba numa instituição, numa previsibilidade pequena do cartesianismo que dirige o homem moderno. Isso me conduz a viagens extraordinárias, tirando de mim qualquer temor que em alguns instantes acometem a alma humana e que também não encontra respostas no racionalismo que nos caracteriza. Mas o anjo também disse que Ele deveria ser chamado de Ieshua, uma derivação da palavra ioshua, que significava salvação. Aportuguesando o termo, aprendemos chamá-lo de Jesus. José precisava ter consciência desde aquele momento que Ele era um projeto de Deus para salvar o seu povo de seus pecados. Não era salvar de qualquer outra realidade, mas daquilo que separa o homem do Criador, que é o pecado. Mais uma vez minha alma celebra o sentido da existência. Eu sei o que é ser pecador. Eu sei que desagrado o Deus Criador desde que me lembro ser gente. Eu vivo no meio de um povo de impuros lábios. Portanto, eu sei que preciso de perdão, mas não um perdão que nega a justiça de Deus. Por isso, sei que Jesus veio para me salvar e salvar todo o Seu povo dos pecados deles e a cruz era o caminho natural de sua vida na terra. Sei que nunca teria virtude suficiente para encobrir, compensar ou pagar o meu estado de pecador, daí, me encanta chegar nessa época do natal e lembrar a mim mesmo que Jesus nasceu para pagar naquela cruz as minhas culpas. Por último, o anjo disse que tudo aquilo foi para se cumprir o que havia sido dito pelo profeta Isaias há séculos. Caramba, o menino de Nazaré, filho da Virgem, que viveu naquele pequeno pedaço de terra do Império Romano não foi um acidente na história: Ele era previsto. Ele é o cumprimento de uma profecia que surge desde o Éden e passa por tantos outros profetas. Esse é o meu Senhor. O menino do Natal. Cada dia me alegra crer, contra todas as lógicas, que Ele é realmente o meu amigo, que me perdoa, que me impulsiona, que me ama e que me espera. “Senhor, não me deixe ser fruto de uma instituição. Quero ser fruto de quem você é e me relacionar contigo assim, o milagre que se encarnou para me salvar, conforme dizia as antigas escrituras dos judeus.”

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