segunda-feira, 29 de março de 2010

Movimentos políticos 1

- Cassol continua montando seu time. Tiziu viria como candidato a vice governador e Neodi viria como candidato ao senado. Assim, dia a dia ele vai mostrando que toda a sua força e ênfase está no interior do Estado.

- O PT de Eduardo Valverde e o PP de Cassol são aliados de Dilma mas não se negam como adversários aqui no Estado. Isso é que dá juntar os que tentam ser diferentes, ou se tornam a mesma coisa, ou brigam, mas é admirável o esforço político para se ajeitarem e usarem o mesmo discurso. A cada dia o PT deixa de ser o que se propôs quando veio. Ah... e segundo Fátima Cleide, a vaga de candidato a vice governador está aberta a quem desejar (oferecida ultimamente à esposa de Acir Gurgacz), além da segunda vaga para disputar o senado. Vê? Acabou o tempo da ideologia. O que vale agora é o mesmo que foi combatido no passado: pragmatismo a qualquer custo.

- Quando perdemos a capacidade de criticar, a crítica ganha a oportunidade de nos perceber incapazes.

domingo, 21 de março de 2010

CRENDO QUE É POSSÍVEL

Um dos aspectos mais brilhantes que a fé produz no ser humano é a capacidade de crêr que é possível acontecer algo diferente do que comumente se vê.
Somos acostumados a ouvir e perceber que campanha eleitoral se faz com muito dinheiro, com alianças dignas e indignas, com promessas esdrúxulas e com disposição de fazer qualquer coisa para ser eleito.
Este é um ano de muita importância para a vida do país e dos Estados pois é ano de eleição. É ano em que os partidos deveriam se organizar para chegar até o povo e dizer quais são as propostas que apresentarão para que a condição social caminhe de forma melhor do que vem caminhando. Entretanto, o que se vê é uma disparada de pessoas que se assenhoram dos partidos e passam a determinar quem deverá ser candidato ou candidata e o que deve ser dito para "ganhar" eleição.
Creio firmemente que isso não precisa ser assim.
Primeiro, podemos nos organizar partidariamente de maneira que não precisemos fazer alianças com quem sabemos ter uma prática inadequada para quem gere a coisa pública. Quando nos sentimos obrigados pela circunstância a fazer alianças com quem tem prática pública questionável nos tornamos tão questionáveis quanto eles ou elas.
Segundo, uma campanha pode ser feita de maneira criativa e voluntária por parte de quem acredita no projeto, sem que se gaste exorbitantes quantias de dinheiro que só serão devolvidas com alto custo moral e social. Quem participa de projetos com gastos que se sabe ser desonestos se propõe a ser desonesto também e a alimentar um processo que descaracteriza a sociedade como digna e capaz de fazer transformação social.
Terceiro, campanhas construídas sob promessas óbvias ou inexecutáveis só servem para manipular a massa ignorante e alimentar um processo secular e contínuo de emburrecimento social. Podemos e devemos fazer uma campanha que esclareça o povo sobre seu potencial social, sobre as verdadeiras funções e limites de um legislador ou executivo e sobre viabilidades ideológicas de cada partido e candidato ou candidata, frente à realidade em que se está inserido ou inserida.
Quarto, quem precisa ganhar a eleição a qualquer custo é bandido ou bandida e precisa se esconder atrás do cargo, ou se julga indispensável para que a sociedade seja feliz, o que seria o mesmo que dizer que Papai Noel existe e veio tirar férias nas belezas do Vale do Guaporé. A história e coerência de uma candidato ou candidata, juntamente com seu partido, lhe credencia ou não para receber um voto, mas caso não ganhe a eleição lhe mantém feliz e atuante e seu cotidiano de forma cidadã e satisfeita.
Se somos capazes de crêr que existem milagres, devemos ser capazes de crêr que existe a possibilidade de uma campanha eleitoral clara, sem alianças vergonhosas, com pouco dinheiro e de maneira que a sociedade possa avaliar as candidaturas sem a maquiagem que a mídia cria ou excesso de imagem que só o dinheiro pode produzir e, no final poder dizer a Deus, ao seu íntimo e à sua família, a seus amigos e amigas, eleitores e eleitoras: não tenho do que me envergonhar nessa campanha.
Creio que é possível, pois recebi a fé e ela me faz crêr que nem tudo precisa ser igual sempre.