quarta-feira, 8 de junho de 2011

Porto Velho em Crise Aguda

Há instantes que a vida exige que façamos uma avaliação séria do nosso contexto, pois só assim tomamos consciência da realidade em que estamos inseridos. O município de Porto Velho precisa ser avaliado pela sociedade civil organizada, propostas precisam ser feitas e novas atitudes administrativas precisam ser cobradas, sem se preocupar prioritariamente com quem são os responsáveis pela situação e sim com o que deve ser feito e por quem deve ser feito.

Precisamos urgentemente que pessoas envolvidas com causas específicas tragam dados claros a respeito destas e, após analisadas num coletivo, novas propostas sejam feitas e novas posturas sejam cobradas de quem de direito.

É fundamental saber exatamente o que está acontecendo com as obras inacabadas, como é o caso dos viadutos, pois, além das desconfianças quanto à segurança do projeto, além da demora excessiva de seu término, além da quantidade de dinheiro público neles empenhados, essas obras estão piorando em muito a situação já ruim de nosso trânsito.

A precária condição do transporte coletivo, a parca sinalização das ruas, a nulidade da polícia preventiva e educadora no trânsito têm tornado a movimentação na cidade uma batalha a cada dia. Se exige urgentemente que o poder público chame para si o seu papel de gestor e a sociedade precisa ajudar cobrando, sugerindo e assumindo posturas adequadas.

Não se pode se conformar com a falta de explicações claras e atitudes explicitadas quanto ao projeto de saneamento iniciado, incomodado e parado. Alguém tem de resolver isso urgentemente, pois não se pode viver numa capital sem saneamento e, principalmente, quando dinheiro público foi providenciado e a administração estadual não teve competência nem responsabilidade para executar.

A sociedade de modo geral precisa conhecer os números e explicações sobre as obras inacabadas da José Vieira Caula e sobre o as obras mal feitas da Av. Abunã. Quem de direito e dever tem a obrigação de cobrar e quem de direito e dever precisa explicar urgentemente.

Por último, se faz necessário conhecer também em números publicados de forma escrita quais foram os valores das prometidas compensações das malfadadas obras das usinas, onde estão investidas e quem são os responsáveis pelas execuções ou não dos projetos.

Portanto, se há estas e tantas outras questões a serem analisadas e carentes de serem explicadas, é necessário, independente de forças partidárias ou interesses individuais, de atitudes inconformadas, para que, então, cobremos e ajudemos a mudar a situação, pois mais do que uma questão administrativa, está envolvida a questão ética na política e na gestão dos bens públicos.
Que os insatisfeitos, os indignados e os conscientes se manifestem, se organizem e que possam ir às ruas, imprensa e órgãos públicos dizer o que estão vendo, sentindo e propondo.